Descrição
Em Suficiente: uma especulação pedagógica, Robbie McClintock critica a educação e a cultura e procura, não o previsível, mas o possível. Assim, para abrir o senso de possibilidade, McClintock postula um futuro distante em que as pessoas confiam coletivamente na autonomia pessoal. Elas valorizam, não a mudança, mas a estabilidade, não o mercado, mas os bens comuns, e não mais do que isso, mas aquilo que é SUFICIENTE – nem muito pouco nem demais. Deste ponto de vista futuro, McClintock relembra uma questão básica: por que as pessoas confundiram educação com a prática escolar?
Com efeito, essa questão leva a uma análise completa da modernidade, pois a prática global da escolaridade obrigatória usa os mesmos princípios de outras práticas onipresentes em outras partes da vida moderna – como nas empresas industriais, nos estados-nação soberanos, no comércio global e na burocratização da medicina, das forças armadas e da vida social. Quais princípios são essenciais para a vida contemporânea?
Em resposta, McClintock aborda tópicos importantes:
- como pensamos sobre a experiência;
- de de modo entendemos o sujeito da ação;
- como representamos a vida no tempo e no espaço;
- como julgamos o valor na vida material, política e cultural;
- o que escolhemos como nossos propósitos de controle; e
- como moldamos e situamos nosso esforço educacional.
Com exemplos lúcidos da experiência cotidiana, McClintock contrasta claramente os princípios da vida na era moderna com outros que podem caracterizar um tempo pós-moderno.
Qual a tarefa à frente
Suficiente: uma especulação pedagógica não oferece políticas públicas nem previsões. Ele pede a todos, como pessoas, que reflitam sobre como querem conduzir suas vidas para considerar possibilidades. Incentiva a aspiração com base, não na probabilidade, mas na esperança – com base no desejo de que as pessoas julguem possuir um valor humano significativo. A busca autônoma da possibilidade permite que cada pessoa contribua, num sentido vital e histórico, com o drama da conquista humana, com a auto-criação da própria vida. Cada pessoa, cada uma buscando possibilidades únicas, interage para conduzir uma vida pessoal, vivida através de uma rede muito complexa de interações recíprocas, que vão do íntimo ao abrangente.
Nesse caso, a educação se desenvolve à medida que trabalha para controlar o que acontece na vida, da melhor maneira possível. Isto é, cada um de nós auto organizando nossas capacidades emergentes para conduzir a vida em toda a sua complexidade.
Sobre o autor
Depois de uma longa carreira no Teachers College, Columbia University (50 anos como aluno e professor), o distinto professor Robbie McClintock diz agora que finalmente se “formou”. Olhando para o futuro, sentindo-se enérgico e bem preparado, ele se concentra atualmente em estudos e críticas radicais. Em outras palavras, em trabalhos que descem até a raiz da educação, dos assuntos públicos e da cultura.
Projetos futuros
Além de Suficiente, Robbie promete que ensaios adicionais seguirão. Ele pretende falar contra os traficantes do medo, os especialistas da parcimônia pública e os vendedores de prudência egoísta.
Podemos aspirar a possibilidades mais positivas – construindo realidades históricas nas quais a humanidade alcança soluções elegantes, justas e significativas para as grandes incertezas de nosso tempo.