Obra sugere reflexão sobre os “sentidos” que estão perdidos na sociedade


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Qual o sentido de homem na sociedade contemporânea? E o de mulher? Qual a finalidade do professor na escola do século XXI? Em outras palavras, qual o sentido da formação?

Foi lançado na manhã desta quarta-feira (12) o livro “Sentidos: por um mundo justo e perfeito“, escrito pelo Prof. Dr. Marcos Leite, atual diretor do Instituto Federal Campus Avançado de Tupã

O lançamento ocorreu no auditório do IFSP e contou com presença de diversas autoridades e personalidades de Tupã e região e o editor da Poiesis, Beto Cavallari. Segundo o autor, o livro é fruto de cerca de 9 anos de pesquisa. 

“Nós vivemos uma época de muitas crises em diversas áreas. Meu trabalho tenta apresentar quais os sentidos que nós deixamos de lado, porque estamos tão mergulhados em nós mesmos e nos nossos problemas”, explicou. 

Ainda segundo Marcos, o título é significativo e sugere a uma reflexão de quais os “sentidos” que estão perdidos na sociedade. O livro ainda aborda a temática da religião.

“Vemos qual o papel da religião, como ela perdeu espaço e como é possível ressignificar este espaço. Discute também o papel da família, tudo isso à base da luz filosófica”. 

O autor ainda relembrou sua formação religiosa, que disse não deixar de lado.

“Existe um preconceito entre os professores de filosofia. Muitos dizem que professor de filosofia é ateu e não é verdade. A minha formação é cristã, então eu enfrentei muitos desafios, pois no mundo acadêmico, a filosofia cristã não é muito bem-vinda”, ponderou. 

Marcos Leite

Marcos Leite é formado em Filosofia e Teologia. Mestre e doutor em Filosofia da Educação. Possui longa trajetória como professor e gestor de ensino. Atualmente é professor e diretor no Instituto Federal de São Paulo Campus Tupã. 

Mais Sobre a obra

No livro, Marcos Leite levanta a seguinte pergunta: Qual o sentido da palavra “formação”? Ele apresenta sua investigação acerca das ambiguidades no uso desta palavra, que surge tanto em um curso de treinamento em mecânica, chamado de “Curso de Formação de Mecânica de Autos”, quanto um Programa de Pós-graduação pode ter como objetivo “formar pesquisadores”. 

Quais seriam as convergências e divergências em tais usos? Qual a raiz histórica do conceito? Como pensá-lo de modo significativo nos dias atuais? O que pode significar para quem elabora um Projeto Pedagógico formar alguém? Se parte de sua própria condição como professor e gestor no ensino superior privado, o autor pensa a formação para além do ambiente da educação formal, articulando a possibilidade de formação entre um ethos formativo e a práxis formal de ensino. 

Fonte TupãCity (Foto: João Mário Trentini).