Teoria política positivista: pensando com Augusto Comte

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A influência exercida pelo “Positivismo” no Brasil foi enorme. Basta pensar na referência ao lema da bandeira nacional, o “Ordem e Progresso”. Mas qual positivismo influenciou os intelectuais brasileiros a ponto de o lema “positivista” estar inscrito no pavilhão nacional? A resposta à pergunta perpassa por importantes rupturas, descontinuidades, que são oportunamente investigadas nesse livro por Gustavo Biscaia.

Descrição

Este livro reúne seis artigos escritos por Gustavo Biscaia de Lacerda ao longo dos últimos vários anos a respeito da teoria política positivista, o que naturalmente equivale a dizer “teoria política de Augusto Comte”.

Esses artigos em alguns casos têm um caráter mais polêmico e em outros um aspecto mais sóbrio (por assim dizer mais “acadêmico”); em todo caso, o princípio que os orienta é a preocupação com a letra e o espírito da obra de Augusto Comte, percebida em sua integridade.

Na verdade, ainda que o termo “naturalmente” é lançado ao se referir à obra de Augusto Comte e a esfera da teoria política positivista, o autor também nota que não é tão “naturalmente” que se faz tal associação.

A despeito de Augusto Comte ter criado a palavra “positivismo” para referir-se explicitamente ao seu próprio sistema filosófico, político e religioso, os hábitos acadêmicos ampliaram significativamente o sentido da palavra; essa ampliação foi tão grande e tão ampla que ocorreu o vício teórico que o cientista político ítalo-estadunidense Giovanni Sartori chamou de “conceptual stretching“, ou “estiramento conceitual”, em que se amplia cada vez mais o conceito até que o resultado final não corresponda mais, ou corresponda de maneira muito imperfeita e inadequada, ao sentido original.

Isso se pode perceber pelo fato – simples em si, mas pleno de conseqüências – de que com freqüência as palavras “positivismo” e “positivista” são usadas em sentido negativo (como uma forma de xingamento intelectual) e/ou para descrever práticas, métodos e idéias que, não raro, têm pouco ou nada a ver com as propostas de Comte.

Por outro lado, a expressão “toria política” apresenta uma interessante ambigüidade, pois pode referir-se tanto ao que a literatura político-sociológica chama de “teoria política normativa” quanto ao que chama de “teoria políticaempírica“.

Assim, as idéias e propostas comtianas ao mesmo tempo (1) apresentam critérios e definições do que é bom, belo e justo (“Filosofia Política”) e (2) oferecem modelos e parâmetros para o estudo científico da realidade social e moral humana (“Sociologia Política”).

Informação adicional

Ano

2013

ISBN

978-65-86568-22-6 (papel), 9788561210373 (eBook)

Formatos

eBook, Papel

Páginas

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